14 de Dezembro de 1819. Há precisamente duzentos anos o Alabama tornava-se o 22º estado dos Estados Unidos da América. O Alabama é o estado central dos cinco (mas paradoxalmente o último a ser admitido na União) que constituem a região outrora predominantemente algodoeira que veio a ser designada por Deep South (o Sul profundo). A cultura do algodão precisava de mão de obra escrava e, por causa disso e até hoje, qualquer daqueles cinco estados conta com significativas minorias de ascendência africana: o Alabama com 26%, a Carolina do Sul (28%), a Georgia (30%), a Louisiana (32%) e o Mississippi (37%). São conhecidas as consequências históricas dessa coexistência. Trata-se de uma América ensimesmada e, ao mesmo tempo, antipática por causa das vicissitudes da luta ali travada nos últimos 50 anos contra a discriminação racial e que, por causa disso, apresenta de si uma imagem sua geralmente impopular para o resto do Mundo. Correspondentemente, é território onde Donald Trump venceu as eleições presidenciais de 2016 (62% dos votos no próprio Alabama). E não será no Alabama nem no Deep South que as perderá, se se chegar a apresentar às de 2020.
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