23 outubro 2018

«...SÃO SEIS DA TARDE E EIS AQUILO QUE QUEREMOS QUE VOCÊ ACHE.»

É impressionante como a indisciplina orçamental, que acaba de desencadear uma crise na Europa, por causa da rejeição do orçamento italiano, nem sequer é tema que seja discutido na campanha eleitoral em curso nos Estados Unidos, apesar da execução orçamental da administração Trump estar a conduzir o país para um aumento do seu deficit orçamental que se prevê que atinga um máximo dos últimos seis anos.
É para estes casos que se emprega o ditado "Não bate a bota com a perdigota" e que - supostamente - devia haver uma comunicação social que escrutinasse as contradições destes duas atitudes que a própria assume: afinal é mau ou não faz diferença nenhuma os países endividarem-se em excesso? Como se lê em título, podem formatar-nos o pensamento, mas também é preciso que sejam coerentes no que querem que pensemos...

2 comentários:

  1. Muito bem.
    Eles ja nem se dao ao trabalho de sequer fingir.

    Nenhum pais deste mundo, classificado como desenvolvido, se desenvolveu sem recurso a divida. Isto e historia economica.

    Giro giro e que, toda a gente se riu e chamou ignorante ao Socrates 44 quando ele disse que a divida de Estado nao e para ser paga mas sim para ser gerida mas neste especifico ele estava carregado de razao.

    Porque os Estados nao sao familias, ao nivel de um Estado a logica da economia familiar colapsa porque o sistema adquire novas propriedades. Insistir o contrario (como os noticiarios das 6 insistem) e uma classica falacia de composicao.

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  2. Quanto a Italia, aguardo com interesse os desenvolvimentos.
    A mim parece-me que a UE (leia-se: os plutocratas Alemaes) e por conseguinte toda a "escol intelectual" europeia subsestimam seriamente o adversario italiano que tem pela frente.
    Esta coligacao que por la tem poder aprendeu algumas licoes com a Grecia, alem disso tem uma enorme vantagem estrategica que paises como Portugal e a Grecia nunca tiveram, a Italia e pais fundador da UE e terceira maior economia da Eurolandia. Mesmo assim sabem que a forca esta do lado das instituicoes da UE.
    Estao, acho eu a adoptar no plano econmico e politico tipicas estrategias de forcas fracas, a Guerra subversive.
    A Italia vai-se fazer desentendida neste processo todo, vao mudar alguma coisa para manter o orcamento na mesma, vao implementar o mesmissimo orcamento e depois implementarao um ainda mais provocador para as instituicoes comunitarias.
    Os Italianos nao vao sair do Euro mas vao provocar os Eurocratas ate serem expulsos.

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