Convém realçar o que é óbvio: que a melhor solução para resolver o problema do desaparecimento do jornalista saudita seria que ele reaparecesse. É por isso que, ou ele resolveu pregar uma partida à noiva e quis deixá-la plantada à porta do consulado saudita em Istambul, ou então esta atitude rufiã que está sendo adoptada pela Arábia Saudita, ao sentir-se ameaçada se não der explicações aceitáveis sobre o incidente, me parece mais do que eloquente sobre aquilo que lhe terá acontecido. E o óbvio é que, mesmo que a Turquia não seja um comparsa neutro na trama, não deve haver agora maneira de o desaparecido reaparecer. É que os mistérios da ressurreição são mais fenómenos teológicos do cristianismo que não do islão... E, vem a propósito, vale a pena agora recordar o que na revista Foreign Policy se escrevia há onze meses, analisando as rivalidades naquela região na perspectiva norte-americana e os desequilíbrios que a nova política externa de Donald Trump lá fora provocar: «Donald Trump soltou a Arábia Saudita que sempre desejámos - e tememos». Aí está ela...
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