Há dois anos, por ocasião do segundo debate presidencial nos Estados Unidos, Donald Trump prometeu, no caso de ser eleito, dar instruções a quem encabeçasse o departamento de justiça da sua administração para que nomeasse um procurador especial para que investigasse a situação de Hillary Clinton no que concerne ao caso dos e-mails desta última. Foi uma ruptura memorável com aquilo que se convencionara ser uma aparência de civismo mínimo entre candidatos rivais quando diante das câmaras televisivas. Tanto incomodaram as acusações desbragadas de Trump quanto os sorridos da reacção falsa/forjada de Hillary. Dois anos transcorridos, e em primeiro lugar, não aconteceu nada daquilo que Donald Trump ali prometeu a Hillary Clinton - a questão dos e-mails morreu. E em segundo lugar, e numa reversão irónica de quem é que é o quê, quem se está a ver a braços com uma investigação de um procurador especial é o próprio Donald Trump, que agora já não gosta de quem escolheu para dirigir o departamento de justiça.
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