Começe-se pelo óbvio: a selecção do deputado socialista Carlos Pereira para a administração da ERSE é uma daquelas asneiras. Se ainda dúvidas houvesse, e porque o processo passou por lá sem consequências de maior, esta é ainda mais uma comprovação que a Cresap, a criação do governo de Passos Coelho para obviar a situações como esta, continua a ser com este governo a mesma inutilidade que apenas consome recursos. Pode-se acabar com a tal de Cresap, que, patentemente, não foi este governo que a reformou, e não o terá feito por manifesta falta de vontade, tantas foram as queixas quando esta mesma rapaziada estava do outro lado. Mas aquilo que acima se comprova com aquelas duas notícias é toda uma outra história. É a da importância da fraseologia para a qualificação de como em Portugal se faz oposição. Tudo depende da veemência das palavras, que as esperanças e as preocupações de Rui Rio com o incidente (acima) vão de encontro aos desejos do Observador em o retratar como o dirigente frouxo, enquanto o Diário de Notícias da Madeira lhe dá uma espécie de empurrão verbal ao considerar arrasador o seu comentário. Não sei se repararam mas, na prática, qualquer dos dois estilos é inconsequente. Porque só se no governo houver vergonha - o que é muito duvidoso - é que a nomeação do boy volta para trás. É daquelas coisas óbvias que já nem se dizem ao pessoal da oposição à oposição... Porque não é para isso que eles andam por aí.
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