O interesse que esta notícia recém publicada no Observador me despertou de imediato foi a curiosidade de saber qual o quarto ramo das Forças Armadas a que se refere o subtítulo. Terá havido uma qualquer modificação recente que afectou a GNR, transferindo-a do âmbito da pasta da Administração Interna para a da Defesa? Ou há um novo ramo nas forças armadas portuguesas, seja ele do espaço, ou do ciberespaço? Vai-se a ver e não: é apenas uma jornalista - Rita Dinis - que não percebe a ponta de um corno sobre o assunto que lhe mandaram escrever, um artigo que é uma ressonância do original que saiu no Expresso. Esplendorosa na sua ignorância, a boa da jornalista confundiu os quatro titulares que vinham referidos no jornal da concorrência com ramos das Forças Armadas, sem perceber que no caso de Pina Monteiro se trata de uma função de coordenação dos três outros ramos. São aqueles conhecimentos elementares para alguém que já tenha escrito qualquer coisa a respeito de assuntos de Defesa. Tão elementar quanto saber quem é a Lili Caneças e porque é que ela é famosa. É por causa destas ocorrências que se criam as suspeitas de que o Observador como órgão de informação não passa de uma folha medíocre e de um pretexto para se juntem uma data de amigos com as mesmas simpatias políticas e se sirvam de uma informação primária miserável como catapulta para mandarem os seus bitaites opinativos...
OS QUATRO RAMOS DAS FORÇAS ARMADAS - A SAGA CONTINUA
Se necessário fosse demonstrar novamente que os erros apontados se devem a uma completa ignorância do tema que é tratado, passadas poucas horas aparece no mesmo Observador esta referência ao Chefe de Estado Maior General das Forças Armadas pela sigla de CEMFA. Ora o titular do cargo costuma ser referido, como acontece, aliás, no corpo do artigo a que o título faz chamada (que é uma transcrição da agência Lusa), pela sigla CEMGFA, entre outro motivos para evitar a confusão com o Chefe de Estado Maior da Força Aérea, para ao qual, aí sim, se costuma aplicar a sigla CEMFA. Pormenores que devem estar para além dos conhecimentos de quem redige os títulos da publicação...
Ao tempo-Canadá- em que foi ali desencadeada uma reforma da Administração Publica: É que em academias e em institutos militares (AM-IAEM/IESM), não faltam estudos e conhecimentos de renovação e modernização do MDN & FA. O Boletim nº53 do IAEM (Maio 2001), mediante estudo comparativo com quatro países da NATO, dá-nos conta de processos ali desenvolvidos: Bélgica, Dinamarca, Alemanha e Canadá – major Lemos Pires.
ResponderEliminarPela clara explicitação do caso Canadá, cita-se parte do texto do artigo.
«O Chefe de Estado-Maior da Defesa (único general de 4 estrelas) é o responsável pelo comando, controlo e administração das FA do Canadá; todas as ordens e instruções para as Forças têm de ser enviadas através do CEMD; as estruturas de comando dos Ramos desapareceram e associaram-se ao Quartel-General do Departamento de Defesa Nacional; as funções desenvolvidas pelo E-M de cada Ramo foram divididas pelos escalões subordinados e escalão superior»
«Concentraram num único edifício o MDN, o CEMD e os Comandos dos três Ramos; encerraram Academias Militares ficando apenas uma; concentraram todos os helicópteros na Força Aérea, deslocando-os por períodos determinados para o Exército; concentram as unidades de instrução e recrutamento»
"“Rebuilding Defense: MDN & FA – duas décadas de deriva*”
Conheço esse processo de unificação. Aliás, ele teve lugar a 1 de Fevereiro de 1968, comemorou-se bem recentemente a efeméride dos seus 50 anos. Mas esta sua referência no contexto de comentário a uma crítica a uma notícia mal feita do Observador deve-se a quê?
ResponderEliminarA uma costela do domínio do holístico ou sistémico.
ResponderEliminarNada a ver e tudo a ver, organizações e recursos, país e sector em causa.
Tal como Lemos Pires, para entender melhor três conflitos e generais, acabou por dar o mote no título:"Wellington, Spínola e Petraeus-O comando holístico da guerra"