26 fevereiro 2018

O PRIMEIRO ATENTADO CONTRA O WORLD TRADE CENTER


26 de Fevereiro de 1993. Há precisamente vinte e cinco anos tinha lugar o primeiro ataque terrorista islâmico contra o World Trade Center. O processo foi uma bomba de 600 kg que foi transportada numa viatura que foi estacionada deliberadamente num local de um dos pisos do estacionamento subterrâneo comum às duas torres. A intenção era que a imensa detonação fizesse colapsar um dos pilares principais da Torre Um do complexo, destruindo-a, e que esta, ao tomar, fosse embater na sua torre gémea, derrubando-a por sua vez. Por essa vez os cálculos estavam mal feitos e a explosão, embora muito potente, revelou-se insuficiente para os objectivos dos terroristas, e acabou por provocar apenas 6 mortos, embora o número de feridos tivesse ultrapassado o milhar, mas devido sobretudo a estilhaços e às circunstâncias da evacuação dos milhares de pessoas que estavam então nos edifícios (ao contrário dos de 2001, este atentado teve lugar próximo da hora de almoço, pouco depois do meio dia). O valor e o significado deste atentado foram completamente reconstruidos depois de 11 de Setembro de 2001. Na época, poucos anos depois do fim da Guerra Fria, não havia uma percepção clara entre os norte-americanos de que continuaria a haver inimigos que lhes disputassem a supremacia e, a havê-los, quem seriam esses inimigos que sucederiam aos comunistas russos. Os novos inimigos podiam ser externos, como neste caso, mas também podiam ser internos: porque já se passaram 25 anos as pessoas já se esqueceram que apenas dois dias depois deste atentado, a 28 de Fevereiro de 1993, começou o cerco a Waco, um caso que começou por uma acção de resistência armada de uma seita religiosa às autoridades federais, um tiroteio que começou por causar 10 mortos e 16 feridos logo nesse dia; seguiu-se um cerco e outras 76 pessoas morreriam entre os sitiados no dia do assalto final, a 19 de Abril de 1993. É só uma coincidência curiosa que o que esteve na base do incidente foi uma questão de posse ilegal de armas pelos membros da seita... Os meios de comunicação social dos Estados Unidos têm esta propensão inaceitável para se esquecerem das acções do seu próprio terrorismo radical interno enquanto nunca se descuidam de publicitar os outros. Constate-se através da forma como (quase nunca) se evoca o atentado bombista de Oklahoma de 1995, que causou 168 mortos e cerca de 700 feridos...

Sem comentários:

Enviar um comentário