18 fevereiro 2018

O ELOGIO IMPLÍCITO DO KIMILSUNGUISMO

No mesmo fim de semana e num mesmo jornal, veja-se o contraste como jornalistas analisam resultados de duas votações magnas de duas organizações prestigiadas, como são o Partido Social Democrata e o Sporting Clube de Portugal. Comparando as duas notícias, a anomalia (e sintoma de fraqueza) parece ser a existência de 35% de congressistas que não apoiaram a actual direcção do PSD e Rui Rio; em contraste, parece considerarem-se naturais (e substantivamente significativos) os quase 90% de sócios que apoiaram as teses da actual direcção do Sporting e Bruno de Carvalho.
Porque as manadas unanimistas nunca significaram historicamente grande coisa, imaginem lá que eu, na minha ingenuidade, quando lia notícias publicadas no Observador, falando de participações e resultados mirabolantes em actos eleitorais (de que o exemplo clássico extremo costumam ser os 99,97% da Coreia do Norte...), supunha que os jornalistas estavam a ser irónicos. Afinal não. Quase 90% não são um sintoma de primarismo dos eleitores e do acto eleitoral: pelo contrário, são um reforço, como se lê acima. E se Rui Rio se mostra ser um líder frágil, Kim Jong-un é afinal um líder reforçadíssimo...

Sem comentários:

Enviar um comentário