18 novembro 2017

O SUICIDIO COLECTIVO DOS SEGUIDORES DE UMA SEITA RELIGIOSA

Durante os anos que se seguiram à Segunda Guerra Mundial assistiu-se nos Estados Unidos a uma multiplicação de cultos de vaga inspiração cristã devotados à figura de um profeta messiânico, quase todos em busca de uma espécie de reencenação da vida de Cristo transposta para o século XX. Encarados quase todos com a condescendência da liberdade religiosa em que está matricialmente assente a fundação dos Estados Unidos, esses perspectiva tolerante foi profundamente abalada há 39 anos, com o episódio do suicídio induzido entre um pouco mais de 900 seguidores de uma dessas religiões, que se denominava Templo do Povo. Apesar de ter envolvido uma esmagadora maioria de cidadãos norte-americanos, o suicídio, que teve lugar em 18 de Novembro de 1978, aconteceu na Guiana, país da América do Sul que o guru da religião, um homem de 47 anos chamado Jim Jones, seleccionara para fundação de uma comunidade idealizada dos seus seguidores. Quanto à magnitude e à gravidade dos acontecimentos, ela só se compreenderá se concebermos o Templo do Povo de Jim Jones como uma organização que era absolutamente devotada ao seu fundador, fundador esse que, entretanto, terá desenvolvido uma qualquer doença mental. As imagens que correram mundo (acima e abaixo) são confrangedoras pela exibição do desperdício de vidas humanas. Esta morte de quase um milhar de pessoas, que se descobriu ter sido promovida por uma pequena dúzia, tornou-se, desde aí, um poderoso argumento do Estado para que a relação dos cidadãos com o Altíssimo pudesse não ser, em certos casos, apenas um assunto pessoal...

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