5 de Novembro de 1977. Há quarenta anos toda a França que gosta de BD é surpreendida pela notícia da morte inesperada de René Goscinny com apenas 51 anos. Oriundo de uma família de judeus do Leste da Europa e apesar de nascido em Paris, só algumas circunstâncias acontecidas no momento certo o tornarão definitivamente francês, tendo vivido a primeira parte da sua vida na Argentina e nos Estados Unidos. Um daqueles criativos com apontamentos verdadeiramente geniais, a personagem de Astérix torna-o imensamente popular (uma primeira edição de uma aventura do herói gaulês chega a atingir os 1.400.000 exemplares nos anos 70) mas, por despeito, por se tratar de BD, mas também pelas suas origens, Goscinny é apreciado com indisfarçável desdém pelos círculos bem pensantes da intelectualidade francesa. Os detalhes da sua morte parecem sair de uma das histórias rocambolescas que ele tanto gostava de inventar: ao realizar uma prova de esforço em bicicleta para a avaliação regular da sua condição cardíaca, o argumentista francês foi acometido de um verdadeiro ataque cardíaco que lhe foi fatal.
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