02 novembro 2017

NUNO ROGEIRO COM CABELO EMPASTADO, NUNO ROGEIRO COM «DRY LOOK»


Quando este anúncio chegou a Portugal a fórmula publicitária foi alterada para Fulano cabelo empastado, Fulano com «dry look». Ainda haverá muitos que se lembrarão do olhar apatetado, pretensamente metamorfoseado, da segunda aparição. Agora aprecie-se um outro contraste, inspirado nessas imagens, aquele de como Nuno Rogeiro, ainda com o cabelo empastado, descreveu há um mês Stephen Paddock (abaixo à esquerda), aquele que foi «o autor da carnificina de Las Vegas» (que causou 58 mortos e 489 feridos) e como ontem, agora já com o «dry look», fez o mesmo com Sayfullo Saipov, «a besta oculta», o «homicida em massa de Nova Iorque» (8 mortos e 11 feridos). Termina a descrição do perfil do segundo com um desdenhoso «blá, blá, blá» destinado aos sem remissão. Paddock, pelo contrário, para além de misterioso, era apenas «um demónio vivo»... para além dos do Daesh. O grave mesmo não serão os actos e as suas consequências, é mesmo a filiação e as reivindicações...

2 comentários:

  1. Agora querem convencer o pessoal de que o despenteado, porque perdeu muito dinheiro ao jogo, se passou.

    Quando ainda tinha dinheiro -antes de perder o dinheiro, portanto- já prevendo que ia perder e em grande, compra um tremendo arsenal -para um só atirador, ele- com dezenas de armas e munições a condizer (!).

    Vai daí transporta-as para um quarto de Hotel ... parte duas janelas -para um só atirador- e descarrega as armas, e a bilis, numa multidão ali em baixo.

    Entretanto tinha despejado 200 tiros atravéz da porta do quarto em direção ao corredor de entrada. Como sobrou porta também ninguém explica.

    Depois ainda teve tempo para dar uma martelada no disco do seu computador e dar um modesto tirinho em si mesmo.
    Despenteado, mesmo.

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  2. Essa que conta é apenas uma das histórias incoerentes associadas aos grandes atentados. Noutro exemplo, ainda hoje, mais de um ano transcorrido sobre o atentado do 14 de Julho de 2016 em Nice, ainda se aguardam as provas da radicalização islâmica acelerada do seu autor.

    Mas não é esse o assunto central sobre o qual escrevo: é o carácter de palhaçada para o qual descambou o comentário televisivo (e não só) a respeito destes assuntos.

    Tanto assim é, que há a tendência para levar cada vez mais a sério os programas cómicos e ligeiros de comentário de que é exemplo o caso do «governo-sombra». Numa contrapartida simétrica, falta porém a coragem de transferir os programas de, por exemplo, Nuno Rogeiro do sector da informação para o do entretenimento cómico.

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