Detesto descobrir que fui e o quanto fui enganado. Por anos a fio impingiram-nos a história (e a imagem) que tínhamos na família (europeia) um tio severíssimo que não gostava nada da maneira como nos havíamos comportado e que nos fazia um carão cada vez que havia uma reunião de família e que era muito ríspido quanto à forma como nos comportávamos. Constava que era menos severo com as senhoras. Em contrapartida corria o boato que tinha favoritos na família. Afinal, seis anos volvidos, descobre-se que der onkel Wolfgang (o tio Wolfgang: Wolfgang Schäuble, ministro das Finanças da Alemanha) é uma pessoa fofinha e até gosta de nós: aprecia futebol, a nossa selecção e os seus jogadores e até faz piadas a esse respeito...
Adenda: É deprimente aperceber-me o quanto líderes de opinião (caso deste ou deste) se esforçaram em textos pedagógicos por desmontar a seriedade do cumprimento de Schäuble. Se eles tiverem razão quanto à lucidez do leitor medio (e é provável que a tenham, porque eles é que lideram a opinião e não eu), então muito poucos terão sido aqueles que compreenderam a ironia deste meu texto supra.
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