Depois de 1933 e da ascensão de Hitler ao poder, o Zeppelin, a pairar com as suas cruzes gamadas na cauda à vista de todos, havia-se transformado em muito mais do que um mero meio de transporte. Dava-se a casualidade dele estar presente nas ocasiões propícias. Acima, vêmo-lo a 10 de Junho de 1935 (Dia de Portugal) por sobre Lisboa, abaixo vêmo-lo a 8 de Agosto de 1936 sobre Nova Iorque, com um valor promocional junto dos americanos muito superior ao dos Jogos Olímpicos que simultaneamente estavam a decorrer em Berlim.
Mas é precisamente esse valor simbólico que a aeronave havia adquirido que torna mais importante as imagens filmadas da sua destruição, que aconteceu a 6 de Maio de 1937, completam-se hoje precisamente 80 anos. Deu-se a circunstância de haver várias câmaras a cobrir o acontecimento, mas, perante a violência das imagens tão impressionantes, normalmente não se esclarece que sobreviveram ao desastre quase ⅔ (62 em 97) das pessoas que seguiam a bordo do Hindenburg - embora muitos dos sobreviventes tivessem sofrido queimaduras.
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