Aqui há pouco mais de mês e meio, quando da celebração do 90º aniversário de Mário Soares, o jornal Público destacou-se pela publicação de um exclusivo sobre o assunto com exuberante destaque de primeira página (acima), em contraste com a concorrência como então assinalei.
Que o assinalar dos aniversários redondos daquele ex-presidente parecem ser um happening do jornal, independentemente de quem o dirija na altura (José Manuel Fernandes neste segundo caso), mostra-o esta outra capa dez anos anterior, por ocasião do 80º aniversário de Mário Soares.
Fiquei na expectativa de saber quais os critérios editoriais do jornal quando fosse a vez de Ramalho Eanes festejar uma dessas idades provectas e redondas – no caso os oitenta anos. Hoje. Onde a capa de edição do Público acima fala por si. Essencialmente pelo que lá não está.
E suponho que, além de endereçar os mais que devidos parabéns ao presidente Ramalho Eanes, é preferível não acrescentar muito mais ao assunto. Houve quem tivesse lembrado (num outro jornal) que hoje é dia de homenagear o rei... Eusébio (que completaria 73 anos... se fosse vivo).
Por onde andam os não apagadores da memória)
ResponderEliminarMostra bem que tipo de referências (não) existem hoje na sociedade democrática, pelos menos as dos responsáveis pela edição do Público (e de outros jornais).
ResponderEliminarTambém pode ser porque Eanes é uma figura bem mais recatada e menos histriónica que Soares.
ResponderEliminarConcordo consigo que haverá decerto uma explicação para tal discriminação. Não sei é se me disporei a aceitá-la como válida. Pelo menos num jornal que pretenderá passar por institucional e não sectário quanto trata de um assunto que também deveria ser assim – pelo menos é nessa conta reverencial que se espera a cobertura de antigos presidentes da república. E há que ver também quanto o histrionismo de Mário Soares que o João Pedro refere também tem os seus custos sociais a que o Público acaba por se ver associado.
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