26 janeiro 2015

O CONVIDADO EM ESTÚDIO QUE OPINOU, A JORNALISTA QUE SE AUTOPROMOVEU A COMENTADORA, O ENVIADO ESPECIAL QUE ESTAVA EM ATENAS E AS BOCAS QUE ELE DE LÁ MANDAVA

Comece-se por dizer que a extensão do título é uma paródia caricatural àquele que fora escolhido para um outro filme de há 25 anos (The Cook, the Thief, His Wife & Her Lover), considerado então uma alegoria do thatcherismo. Este será uma alegoria à superficialidade crescente, em jeito de entretenimento, como a informação é tratada em televisão.

Fez muito bem José Manuel Pureza em chamar a atenção (acima) para o teor das reportagens que José Rodrigues dos Santos havia mandado de Atenas para a RTP antes das eleições de ontem. Se não o tivesse feito, eu, por exemplo, não me teria apercebido do teor do trabalho daquele último. A atitude da anfitriã, saltando da mediação que lhe competia para a defesa do trabalho do colega, interrompendo o discurso do convidado (em vez do recato que se esperaria de quem faz de anfitrião num programa televisivo),...

...poderá ficar muito bem no manual de boas práticas solidárias da corporação da classe, mas foi outra desgraça mediática porque a apreciação da cobertura efectuada por José Rodrigues dos Santos mostrou-o, a todos os títulos, de uma parcialidade preconceituosa inaceitável. Será que, na RTP se aceitaria com igual indulgência um trabalho de um hipotético enviado especial a Berlim em que este opinasse que os alemães, não sendo preguiçosos e aproveitadores, eram em contrapartida quase todos uns nazis encapotados?

PS: Em paralelo com o acima descrito, mas corroborante da palhaçada em que se transformou quase toda a informação em televisão, nessa mesma noite uma outra estrela de um canal concorrente (Judite Sousa), em conversa com o professor, mostraram ambos não fazer a mínima ideia quantos deputados compõem a nossa Assembleia da República.

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