No mesmo dia em que uma historiadora – popularizada mediaticamente pelo seu estilo radical e assertivo – é convidada por um jornal para dar a sua opinião sobre a privatização da TAP, o seu nome é invocado num outro jornal (do outro lado da barricada) para que um outro economista oponente – de redacção também radical e assertiva – se sirva da sua conduta para desacreditar a coerência da rival e a essência do seu desejo de poder. Detestando-se, parecem amparar-se.
Admito que o ardil de dar mais destaque aos dois extremos ideológicos, ainda que obviamente distorça a representatividade do que se pensa, faça vender mais papel (ou aumente o número de cliques, que um dos jornais mencionados é até exclusivamente on-line), mas, a selecção dos protagonistas destes debates que se pretendem teoricamente fundamentados não fará do conjunto da imprensa portuguesa uma espécie de organizadores contínuos de um campeonato de wrestling verbal?
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