15 abril 2014

A REFERÊNCIA ÉTICA DO REGIME DEMOCRÁTICO

Mais uma vez Mário Soares vem repetir que votou em Ramalho Eanes nas duas eleições presidenciais a que este se apresentou (1976 e 1980). E mais uma vez desdiz-se em relação ao que deixara expresso em 1996 numa longa entrevista concedida a Maria João Avilez posteriormente transformada em livro (abaixo pp. 125-126). Que na segunda dessas eleições, incompatibilizado com o candidato, votara em Galvão de Melo. Mário Soares goza do privilégio de os portugueses lhe perdoarem tudo, incluindo a forma como burila a verdade, mas haverá algo que ele parece cobiçar e que será já tarde demais para lho concederem. Repare-se como é Soares que busca atrelar-se à imagem de Eanes e não o inverso, que a Eanes ninguém lhe ouvirá confessar as opções eleitorais que terá feito nas eleições presidenciais do passado. Parece ser a Eanes a quem, não se lhe perdoando tudo (como a Soares), parece já se ter perdoado o desvario que foi a constituição do PRD (1985-87) à sua sombra. E é Eanes que deterá o facho de se ter tornado a referência ética desta nossa Democracia, com todas as suas virtudes e defeitos. E tudo indicia que Soares se estará a aperceber como irá perder isso para os Livros de História…

2 comentários:

  1. Não tinha presente esta.
    Como estive presente, verifiquei o estado gagá do senhor. A pedir que a família evite que ande a falar em público.
    Com tiradas pouco a propósito (maus hábitos de vida e educação) e lapsos de memória...o que disse do austero general Eanes, deve ser fruto de um qq inconsciente toque do domínio da psicanálise.
    Que a crente Dra Maria Barroso reze Don Mário.

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  2. Parece-me indiscutível a tua conclusão.

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