Não há nada melhor para aportar importância à actividade que desempenhemos do que produzir uns quadros de aspecto complexo como este cima. Trata-se porém de um daqueles disparates desnecessários porque é mais fácil explicar a lógica que torna os diferentes tipos sanguíneos dadores ou receptores do que produzir quadros inexplicáveis. A classificação ABO apareceu em 1900 graças ao austríaco Karl Landsteiner, que identificou os antígenos A e B. Há quem tenha sangue com um (tipo A) ou com outro (tipo B), com os dois (tipo AB), ou sem nenhum (tipo O). Quarenta anos depois foi identificado um factor adicional relevante para a aceitação ou rejeição de transfusões sanguíneas: o factor Rh. Há quem o tenha (+) e quem o não tenha (-). A classificação passou a precisar a partir daí de dois sinais no mínimo como, por exemplo, A+ ou O-, oito possibilidades (4 x 2) no total. A lógica da doação e recepção do sangue é assim fácil de deduzir: ninguém pode receber sangue com antígenos que não possua. Como se confirma no sofisticado quadro inicial, quem possuir sangue do tipo AB+ pode receber de todos os outros tipos, quem possuir O- pode doá-lo a todos os outros, nos outros casos é como dizia o Guterres: é fazer as contas.
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