Então eu não sei o que isso é? – foi uma frase que ouvi e retive quando alguém quis, a todo o custo e sem dar parte de fraco, mostrar-se capaz de acompanhar o assunto rebuscado que se discutia ao seu redor. Desde aí, pronunciada com uma modulação enfática a roçar mesmo o desafiador, tornou-se-me a senha caricata da atitude que o vídeo abaixo denúncia. No mês passado houve um festival de bandas rock em Austin no Texas. E uma equipa de televisão foi entrevistar os fãs, pedindo-lhes opiniões sobre bandas que, alegadamente presentes no certame, pura e simplesmente não existiam. Alguns dos nomes das bandas pareceriam plausíveis, mas outros, como os Willie Nelson Mandela (fundindo o nome do cantor country com o do estadista sul-africano), eram mais difíceis de aceitar. Assim como Tonya and the Hardings, conjunto que acabara de editar um álbum intitulado Sorry about that, Nancy (referência a um escândalo envolvendo duas patinadoras rivais em 1994). Ou ainda os Contact Dermititis que a entrevistadora pergunta se não estarão em vias de se espalhar como um prurido (rash) por todos os Estados Unidos, ao que o entrevistado responde: Oxalá (Hopefully)! Mas nem é preciso perceber inglês para nos apercebermos do quanto a pose entendida e a elaboração das respostas dos entrevistados é falsa, por isso cómica e muito parecida a situações que presenciamos com regularidade. Não nos esqueçamos que os nossos políticos são uma emanação de quem nós somos...
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