Há uma anedota
antiga que começava por descrever um cliente de um restaurante que se debatia,
serrilhando, um borracho que pedira para jantar quando, depois de reclamar com
o empregado que assegurara que ele viera directo do ninho, descobre uma anilha numa
das patas com uma pequena mensagem incluída. Nela se podia ler, num francês
original e numa letra sumida pelo tempo: Ataco amanhã de madrugada. Napoleão.
A notícia da descoberta dos restos de um pombo-correio numa chaminé demolida (i.e., depois
de devidamente cozinhado…) que terá participado no Dia D de 6 de Junho de
1944, torna apetecível, inspirado na anedota acima, adaptar o título do episódio para o borracho de
Eisenhower. Para que não falte um toque anedótico ao episódio, noticia-se que alguns
columbófilos têm pedido que a ave seja postumamente condecorada com uma tal de medalha Dickin, criada em
1943 para homenagear actos de coragem exibidos por animais em situações de
guerra.
Para tal
distinção, pergunte-se qual o mérito do pombo que, para além de ter falhado na
sua missão, apenas por acaso veio a morrer em circunstâncias que vieram a
permitir a exumação do seu cadáver tantos anos depois. É o que se chama adquirir uma
notoriedade histórica à Tutancámon, um faraó egípcio do Século XIV a.C., que se
tornou conhecido, não pela sua vida notável nem pela sua morte anómala, apenas por se ter descoberto onde estava
enterrado…
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