Convenço-me que o mais dramático da nossa actual situação é a total ausência de confiança que os governados têm sobre os governantes. O núcleo duro do actual governo só pode ser dominado por pessoas inanes que, perante mais outra dose de más notícias, em vez da verdade e de futuro (como o sangue suor e lágrimas de Churchill), último argumento de quem nada mais têm para distribuir, induzem o primeiro-ministro português a repetir elaborações que se revelaram um fiasco ainda há poucos meses (como as tretas das evoluções bastante em linha).
Fazem-no até usar fórmulas que foram originalmente inventadas num tempo em que Pedro Passos Coelho ainda cagava fraldas, na época dos princípios da intervenção norte-americana no Vietname – como a explicação, a propósito da evolução do desemprego, que a actual situação ainda piorará mais, antes de melhorar sem nos querer antecipar muito precisamente quando é que essa melhoria terá lugar... E se a minha metáfora meteu merda é porque em inglês o produto é incontornável quando o tópico é uma mentira inacreditável, como se comprova por esta passagem do filme Aeroplano 2.
Contrariamente a um preceito que este blogue procura manter, este poste não está traduzido, embora esteja convencido que ele é acessível ao leitor médio. O significado de bullshit deduz-se graficamente e na cena do filme, a hospedeira está a tentar convencer os passageiros que uma situação catastrófica é apenas um incidente menor.
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