Aquilo que começou por ser uma manobra deliberada de certos governos europeus para a formação das suas opiniões públicas, como forma de condicionar o processo de decisão estratégica da Administração norte-americana, nomeadamente em relação ao Iraque, tornou-se, como é aliás tradicional nestas situações, numa criatura que parece ter escapado ao controlo dos criadores. Agora tornou-se uma rotina, quando surge a oportunidade, vaiar qualquer coisa que represente ou simbolize os Estados Unidos; outro dia foi a Miss Estados Unidos que participava num concurso internacional de ditas (misses) que se realizava na cidade do México… Melhor que isso, só mesmo a vaia monumental destinada à Estátua da Liberdade durante o concurso destinado a eleger as novas Maravilhas do Mundo.
Mesmo quem não saiba muito do assunto devia saber que a Estátua (cujo nome oficial é A Liberdade Iluminando o Mundo) foi uma oferta da França aos Estados Unidos nos finais do Século XIX (1886). Como ficou localizada à entrada do porto de Nova Iorque, que foi durante muitos anos o principal porto dos Estados Unidos, nomeadamente no tráfego de passageiros, a Estátua ficou consagrada como um ícone da primeira imagem da América vista pelos milhões de emigrantes europeus que atravessaram o Atlântico durante esse período dos finais do Século XIX e princípios do Século XX. Entre todos os símbolos monumentais que os norte-americanos pudessem escolher, este é o mais cúmplice com a herança europeia da sociedade americana…
É triste ver a imbecilidade e a ignorância erigida assim em padrão de comportamento…
É triste ver a imbecilidade e a ignorância erigida assim em padrão de comportamento…
No espaço entre a torre Eiffel e o Sena existe uma "miniatura" dessa estátua. Não tendo a imponência da versão exportada para os Estados Unidos, lembra (aos esquecidos!) qual a origem da "Liberdade" americana...
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