Porque o panorama noticioso devia andar um pouco saturado de tanta pandemia, fomos brindados com uma semana de controvérsia à volta da questão da propriedade de pessoas como Sérgio Sousa Pinto ou Rui Rio participarem na próxima convenção de uma organização denominada Movimento Europa e Liberdade. Uma organização que procura confederar as direitas (ou, mais prosaicamente, pô-las a ir dizer coisas ao mesmo sítio) e isso parece ter sido pedra de toque para que, pelo menos entre os socialistas, Sérgio Sousa Pinto fosse criticado por comparecer, assim como o foi Rui Rio no PSD por ter feito o mesmo, depois de duas edições do mesmo evento em que declinara o convite. Pareceu grave mas, em minha opinião, não é. Nem importante.
Tanto não o é, que já ninguém se lembra do elenco de convidados das duas edições anteriores, de há um e dois anos, que eu aproveito para relembrar mais abaixo. O único nome repetido das duas notícias que recuperei é, aliás, Pedro Santana Lopes, o que, se o propósito da convenção é mostrar novas ideias para a direita portuguesa, é confrangedor e nada abona em favor da qualidade do certame... Mas sobretudo, eu tenho muita confiança nas capacidades de «partir a loiça», tanto de Sérgio Sousa Pinto como de Rui Rio, embora em registos diferentes - e escrevo isto como um cumprimento. Se aceitaram, espero que não vão para lá proferir banalidades expectáveis, ao jeito de muitos dos nomes que sublinhei abaixo. Em suma, o significativo não é ser convidado uma vez, é ser convidado duas: se daqui a um ano virmos repetidos os convites aos dois para o mesmo evento, aí compartilharei as críticas de Paulo Pedroso ou de José Pacheco Pereira.
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