Não sei de quem foi a ideia de «quebrar o galho», não sei o que esperam ganhar com ela, mas, da forma como se está a concretizar, esta realização da final da liga dos campeões no Porto, com a participação de duas equipas inglesas e dos respectivos hooligans, está a revelar-se um evento impróprio, uma importação de problemas dispensáveis. E só ajuda à hipocrisia de todo o cenário que todos aqueles comentadores mediáticos que aqui há duas semanas se indignaram ultrajados com as consequências dos festejos dos adeptos do Sporting em Lisboa agora ainda estejam caladinhos. É que: a) para além de confraternizarem, os ingleses embebedam-se e andam à porrada entre si e com a polícia; b) começaram a fazê-lo antes do jogo. Se levar os hooligans a qualquer lado já era uma merda, até mesmo antes da pandemia, agora adiciona-se a falta do coerência dos que se habituaram a vir pregar-nos moral a propósito da nossa responsabilidade colectiva a respeito de contágios. Será porque os ingleses não os percebem e, por isso, estão-se a cagar para o ralhete?... É que, tenho uma novidade para os nossos influenciadores: o estar-se a cagar para o ralhete deles, começa cá pelos de casa.
Sem comentários:
Enviar um comentário