1 de Junho de 1979. A realização do IX Congresso é ocasião para que o Partido Comunista Português (PCP) realize uma grande operação promocional nas páginas dos jornais que lhe são afectos. Neste caso acima, o partido reclamava-se possuir 194 mil membros militando nas organizações do partido, sendo 164.713 militantes do PCP (dados de Abril de 1979) e ainda «30 mil jovens comunistas» das organizações de juventude do partido (UJC e UEC). Outros tempos. Quatro anos depois do 25 de Abril, os comunistas sentiam-se com uma dinâmica ascendente, que se iria concretizar, de resto, a breve prazo, com a obtenção de um resultado de 1.129.000 votos (18,8%), nas eleições que legislativas que iriam ter lugar daí por seis meses, em 2 de Dezembro de 1979. Mas, o que os comunistas também não sabiam, é que viviam o zénite da sua expressão eleitoral e militância. Com períodos de queda mais acentuada e outros de alguma recuperação, a tendência da evolução do PCP nestes últimos quarenta anos tem sido inequívoca. Tanto, que os 194.000 membros de outrora comparam-se embaraçosamente com os 228.000 votos que o partido recolheu nas eleições europeias da semana passada.
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