...não se exprime pela exuberância das fotografias dos contestatários à presença de Donald Trump em Londres. Essa é apenas uma história reciclada e agora fotografada a cores de uma outra história mais antiga, em que participavam os antepassados dos actuais contestatários e em que o que mudava era o nome do presidente norte-americano (acima, Ronnie é Ronald Reagan e a data é 1982). A maioria da gente que aparece na foto superior estaria ali a contestar o Pato Donald, fosse o Pato Donald o actual inquilino da Casa Branca (não é o Pato Donald, mas é verdade que tem comportamentos que fazem lembrar os de uma personagem de desenhos animados...). O que mudou nestes 37 anos, para além da conjuntura internacional, nota-se nos percursos progressivamente divergentes dos protagonistas dos dois lados do Atlântico, nas atitudes brusca e brutalmente francas dos norte-americanos sob Trump mas também nas reacções progressivamente menos subtis dos vários parceiros europeus. Os americanos tiveram o direito de escolher quem quiseram para ser seu presidente (isto partindo do pressuposto que as eleições de 2016 não foram suficientemente manipuladas pelos russos a ponto de afectar o resultado final...), elegeram um imbecil, incapaz de desempenhar o cargo, e uma apreciável maioria do resto da população mundial, que não tem nenhum dever de cortesia para para com as instituições dos Estados Unidos, sente-se com o à vontade de classificar Donald Trump por aquilo que ele é. Mas todas essas pessoas não levarão tal opinião ao ponto de sentirem a necessidade de a exprimir exuberantemente em público. Quem faz isso é a malta do costume, iria dar trabalho aos jornalistas diferenciar uma coisa de outra, era muito texto sem imagens... e o pessoal habituado aos protestos sabe o que se espera deles: letreiros exuberantes, cartazes coloridos, tudo coisas boas para serem fotografadas e filmadas e aparecerem como imagem na comunicação social.
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