26 de Março de 1968. Nem de propósito, se atendermos aos últimos desenvolvimentos noticiosos, que nos mostram por essa Europa fora os dirigentes nacionalistas catalães a serem detidos (Espanha, Alemanha, Reino Unido), vale a pena recuperar este mini escândalo de há cinquenta anos, quando o intérprete (e autor) da canção que iria representar a Espanha no próximo Eurofestival é substituído á última hora por uma outra intérprete, essa castelhana, depois de ter mostrado a intenção de interpretá-la em catalão. Para lá da capa acima, a história está depois explicada na página 8 da edição do Diário de Lisboa desse dia (abaixo). Registe-se porém que o idioma catalão é ali qualificado repetidamente como dialecto - eram as «malhas» que o franquismo (e a ignorância doméstica) teciam. E recorde-se que a nova intérprete, mesmo com uma canção emprestada à última da hora, virá a ganhar o certame dali por 11 dias. Mas de quase tudo isso já eu aqui havia falado. Dessa vez a Europa não parece ter ligado nenhuma às controvérsias internas da Espanha. E desta?...
Irónico que essa atitude de Joan Manuel Serrat, que lhe deu pregaminhos de defesa da cultura catalã, não o impediu de ser engolido pela radicalização da política na Catalunha.
ResponderEliminarComo se opôs à independência e ao referendo de 1-O, foi marginalizado pelos defensores da cultura catalã. Tão cedo não se vai ouvir cantar "Paraules d'Amor" em vez de "L'Estaca" ou "Els Segadors" nas manifs organizadas pela ANC.