Esta sim, parece-me uma saudável manifestação de amor à camisola, que se consubstancia num gosto incondicional pela modalidade, mesmo que o jogo se dispute com a bola permanentemente a saltitar sobre um relvado gelado. Outros amores à camisola são menos sofridos de exprimir, mas mais difíceis de consubstanciar, a não ser que se equacione que as pessoas que amam essas camisolas dessa outra forma não têm ética nem princípios, ou que os princípios que têm variam conforme as circunstâncias. No século passado, havia um humorista (Groucho Marx) que se celebrizou ao dizer que «tinha uns princípios e que, para quem não gostasse, ele tinha outros». Era uma piada... No fim de semana passado houve outro humorista (Ricardo Araújo Pereira) que não se celebrizou a praticar aquilo que Groucho dissera. Só que, por muito que ele tentasse fazer rir os presentes, não me pareceu que os companheiros de programa estivessem a levar a atitude à laia de piada... Enfim, como o que importa em programas como o Governo Sombra é que, no fim, apareça tudo num registo de ligeireza, deixemos o Bugs Bunny classificar o facciosismo do humorista.
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