Aqui há três anos, ainda a pasta da Economia estava entregue a Álvaro Santos Pereira e a notícia da RTP de 15 de Março de 2012 dava conta que o BNP Paribas iria criar 120 novos postos de trabalho até ao fim daquele ano. E a redacção prosseguia, animadora, apesar da crise o grupo francês ainda acreditava nas potencialidades da economia portuguesa. O BNP ter-se-á dado bem por cá, pois segundo as notícias de hoje, a instituição contará actualmente com mais de 2.400 trabalhadores portugueses. E irá ter mais, mas o que mudou entretanto é que, se acreditarmos nas notícias, quem terá passado a fazer as contratações foi o Estado, mais precisamente o actual ministro da Economia, Pires de Lima. É outra garra, é outra forma de comunicar! Segundo a redacção dada à notícia de hoje na mesmíssima RTP, é o ministro que nos garante que o BNP virá a ter 4.000 trabalhadores em Portugal daqui por três anos e 5.000 daqui por cinco anos, depois de ter tido uma reunião de manhã – antes do almoço, portanto... – com os responsáveis daquele banco. É engraçadíssimo ver um ministro congratular-se com algo para o qual não fez a ponta de um corno.
Porque as paguei recentemente (acima) numa outra capital europeia, não quero deixar de adicionar uma referência às agora tão famosas - quanto etílicas - taxas e taxinhas - nomeadameeente na área das dormiiiidas - de um ministro tão liberal numas coisas, bastante menos liberal noutras, como esta de querer capitalizar simpatias com a criação de emprego num banco privado, que todos se aperceberão dever-se sobretudo ao quociente muito favorável entre a qualificação do pessoal e os custos de mão-de-obra.
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