19 julho 2015

AS VOTAÇÕES, OS CISMAS E AS NOTÍCIAS

O plano para o terceiro resgate passou no parlamento grego... e no parlamento alemão. No primeiro caso com os votos favoráveis de 229 (76%) dos 300 deputados; no segundo caso com a concordância de 439 (70%) dos 631 deputados. Mas provocando divisões nos principais partidos no poder. Todavia, lendo as notícias, parece que o problema desses cismas é mais preocupante no Syriza (veja-se, por exemplo, o que escreve o Público). Entre os seus 149 deputados houve 32 que votaram contra e 6 que se abstiveram – cerca de um quarto da bancada (25,5%). Na Alemanha, e a acreditar na corrente de notícias, parecia que a votação tinha sido muito diferente. Mas afinal de entre os 311 deputados da CDU/CSU houve 61 que votaram contra e 5 que se abstiveram (21,2%). Contudo, não fosse a entrevista de Schäuble ao Der Spiegel onde este anuncia ponderar a hipótese de se demitir e até pareceria que, também aqui, o problema político da instabilidade entre a base de apoio governamental era só dos gregos.

Adenda: Por muito se ter falado de Passos Coelho e das figuras dos pequenos e médios países da União armados em importantes, recorde-se aqui as constitucionalidades de alguns deles (Países Baixos, Áustria, Finlândia, Eslováquia ou Estónia) que obrigam também ao voto parlamentar, acompanhando o da Alemanha. Imagine-se o que acontecerá se o parlamento de Bratislava disser que não... Ou então imagine-se a Estónia a desenvolver um problema sério com o seu grande vizinho russo; não seria ocasião para a Grécia retribuir – fazendo de passagem um favor a Moscovo – dessolidarizando-se da Estónia com um impertinente voto do seu parlamento?

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