Alemanha Federal 1955. A cerimónia de chegada do
último comboio com os prisioneiros de guerra alemães que estavam ainda detidos
na União Soviética recebe uma cobertura noticiosa desproporcionada, como se
pode apreciar por estas fotos.
O que fora inicialmente um processo discreto e
envergonhado¹, havia-se tornado com a lógica da Guerra Fria (que transformara
os inimigos alemães de ontem em amigos e os amigos russos de ontem em
inimigos), num activo da propaganda alemã.
Por aquela lógica, os alemães tornar-se-iam aos
olhos já benevolentes dos restantes europeus, em vítimas adicionais das consequências
das ambições expansionistas do seu próprio país e das feridas geradas pela
Segunda Guerra Mundial.
Foi há quase sessenta anos, mas não me
surpreenderia ver uma outra manobra de dissimulação e vitimização semelhante, depois das tão
aguardadas eleições federais alemãs de 22 de Setembro próximo, de quem tantos esperam
tanta mudança…na Europa.
¹ Os soviéticos haviam feito mais de dois milhões de prisioneiros alemães.
Como se deduz (e aliás se confirma pela continuação) da leitura, o estatuto de amigos e inimigos definido pela lógica da Guerra Fria está descrito da perspectiva dos restantes povos da Europa ocidental.
ResponderEliminarTenho muita pena, Luís Lavoura, mas não escrevia e não é por si que me disponho a escrever um blogue para básicos.
Confesso que, a princípio e durante as semanas em que cá começou a deixar comentários despropositados, os levei à laia de provocação, Luís Lavoura: não haveria alguém assim tão estúpido para escrever os comentários que aqui apareciam escritos em seu nome. Depois apercebi-me através das confusões que já tinha arrumado noutros blogues quanto a sua estupidez era genuína. E tentei enxotá-lo. Como, com a sua “sensibilidade de retroescavadora” parece ser estúpido demais para perceber quando estou a correr consigo, deixe-me escrevê-lo de uma forma que até você compreenda:
ResponderEliminarEu não lhe pedi para que tivesse começado, há cerca de dois meses, a ler o que escrevo. Por isso, não me sinto com direito a pedir-lhe que deixe de o fazer. Agora, a catadupa de comentários seus é que deixarão de ser publicados. Em geral, a caixa de comentários está sempre à disposição de quem a quiser utilizar mas, para as idiotices do Luís Lavoura passei a abrir uma excepção.
Não é apenas por aquilo que aqui escrevo e que ele não percebe; é sobretudo por tudo aquilo que ele nem percebe que não percebeu.