Engana-se quem pensar que são só gregos, irlandeses, portugueses e outros povos rafeiros afins que têm de estar a sofrer as penas da reestruturação dos seus paises para se acomodarem na Neuropa. A Alemanha mostra-se disposta a liderar o processo, não apenas através das palavras de Wolfgang Schäuble, mas também através do exemplo, em casos em que é obrigada a vergar-se relutantemente às directivas comunitárias. Foi isso que terá acontecido quando a Alemanha se viu obrigada a renunciar àquela que era a palavra mais extensa do seu idioma: Rindfleischetikettierungsueberwachungsaufgabenuebertragungsgesetz. O significado – necessariamente complexo… – estará relacionado com as leis-delegando-os-poderes-de-monitorização-da-etiquetagem-da-carne, uma palavra-expressão que foi implementada pelo estado federado do Mecklemburgo-Pomerânia Ocidental - não por acaso, um dos estados que ficava do lado de lá do Muro… A palavra perdeu pertinência depois da simplificação das normas comunitárias de segurança para abate de bovinos, depois de se ter considerado ultrapassada a epidemia de BSE. Recorde-se, a esse respeito, que a Alemanha nunca tinha reconhecido ter casos de vacas infectadas com BSE até ter que o fazer por causa do aparecimento de animais infectados que havia exportado para os Açores… Mas disso a culpa não é do Schäuble por nos querer fazer acreditar que só os povos da Europa meridional é que são aldrabões; é nossa, por acreditarmos no Schäuble. Quanto ao record da palavra mais extensa de língua alemã, esse terá regressado ao tradicional Donaudampfschifffahrtsgesellschaftskapitaenswitwe (viúva-de-um-capitão-de-uma-companhia-de-vapores-do-Danúbio).
Se consultar as versões em português, inglês, francês ou castelhano da entrada da Wikipedia respeitante ao Land de Mecklenburg-Vorpommern constatará que o formato que empreguei para o designar é acolhido em todas elas.
ResponderEliminarAliás, tirando o detalhe de se tratar de um Land de «ossies», a identidade de qual se trata é irrelevante para a essência do quero destacar com o poste.
Esta sua insistência no pormenor colateral do nome do estado federado parece indicar que:
ResponderEliminara) Retira prazer não apenas de apontar o que considera erros alheios mas também do exercício da contradição, só por si e,
b) Que não percebeu nada daquilo que era verdadeiramente importante no poste.