02 junho 2013

A MEMÓRIA É DO POVO, NÃO É DE MOSCOVO

Nestes dias em que o diálogo político está verdadeiramente encrespado, o que surpreende na acusação feita em plena sessão parlamentar de que Vítor Gaspar faz parte de um governo de traição à pátria, não terá sido o conteúdo pujante da acusação, nem sequer a reacção desagradada do visado, mas a identidade e filiação do acusador, o deputado comunista Miguel Tiago. A consulta da sua ficha parlamentar indicia que Miguel Tiago Crispim Rosado será um jotinha profissional do PCP, 34 anos de idade, deputado desde os 26. E, por muito que se mascare de cravo ao peito para as ocasiões solenes (acima), com falta de alicerces da história dos comunistas. Se os tivesse, saberia que a acusação que fez a Vítor Gaspar era recorrentemente feita até 1989 aos membros do seu partido por causa da adesão incondicional da organização de que faz parte às causas e aos interesses geoestratégicos russos. Este parece um daqueles casos genuínos em que, como diria o ditado genuinamente popular, não se deve pedir a quem pediu, nem servir a quem serviu

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