
A 27 de Setembro de 1968, há quase precisamente 43 anos, Marcello Caetano sucedia a Salazar como Presidente do Conselho e uma semana depois a revista
Flama publicava oportunamente uma grande reportagem a respeito da nova figura magna da política portuguesa (acima,
tirado daqui), prenunciando um prometedor novo estilo de exercício do poder político, quase de imediato baptizado de
Primavera Marcelista. Originalmente mais um episódio daquele
sebastianismo que, de há quatro séculos para cá, nos acompanha com regularidade (abaixo, um sucesso musical daquela época), mais para a frente a dita
Primavera veio a revelar-se um desapontamento para as expectativas gerais que o regime se reformasse e evoluísse para uma democracia de tipo europeu ocidental.
Ainda a propósito dessa designação de
Primavera Marcelista, se nas causas para esse nome estivesse algum episódio que dignificasse a conduta dos comunistas e respectivos
acompanhantes desse tipo de esquerda, então certamente que hoje se acumulariam os protestos para que
Não Se Apagasse a Memória… Como não é isso que acontece e a
Primavera Marcelista, apesar de ter começado no Outono, vai buscar a designação à
Primavera de Praga que
havia então sido recentemente sufocada em pleno Verão de 1968 pelos blindados soviéticos (abaixo), pode descobrir-se que
as preocupações com a Memória desaparecem como por milagre, apesar do episódio ser um escabroso exemplo de intromissão do imperialismo soviético na soberania nacional checoslovaca…

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