15 outubro 2011

AS DECLARAÇÕES DO PRESIDENTE DO SINDICATO DOS SARGENTOS

Vale a pena conhecer o rosto por detrás das afirmações acima, António Lima Coelho, o presidente do sindicato dos sargentos. São afirmações de peso, proferidas por alguém que gosta de colocar peso nas suas declarações: ainda há dois anos dispunha-se a lutar com todos os meios contra o novo Regulamento de Disciplina Militar, uma expressão a fazer-nos reflectir quando empregue por alguém que pretende representar quem tem o armamento por ferramenta de trabalho

É este último aspecto que me intriga e que a comunicação social nunca me esclarece: não o peso das palavras mas o peso de quem as profere. Quantos filiados terá o sindicato dos sargentos? E desses, quantos terão as quotas em dia e participarão com regularidade nas suas reuniões? É importante percebermos qual é a legitimidade para que Lima Coelho se pronuncie em nome de «os militares» e das «Forças Armadas», quando até há uma hierarquia legítima para o fazer…
É que, dadas as circunstâncias, as afirmações são suficientemente sérias para poderem ser acauteladas como se se tratassem uma reedição do famoso juramento do Ralis de 1975 caso António Lima Coelho seja um verdadeiro representante dos escalões intermédios dessas Forças Armadas ou então é para serem parodiadas como mais uma daquelas coisas que a tertúlia dos camaradas adora dizer e que qualquer jornal se dispõe a publicar porque vende papel

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