28 junho 2011

UMA HISTÓRIA FOTOGRAFADA ATÉ AO FIM

Já aqui tinha tido oportunidade de publicar uma famosa fotografia de Henri Cartier-Bresson sobre o instante da exposição de uma colaboracionista durante a Segunda Guerra Mundial (acima). Mais recentemente deparei-me com uma outra fotografia com um tema muito semelhante mas de autor desconhecido. Terá sido tirada a 14 de Abril de 1945 por ocasião da libertação do campo de concentração de Buchenwald pelas tropas norte-americanas.
Trata-se do instante em que um prisioneiro soviético identifica um dos antigos guardas, onde o jogo de olhares da fotografia nos sugere que o acusado seria de um dos piores guardas do campo: não só o olhar do alemão do centro da fotografia se distancia do seu camarada como este último evita encarar directamente o acusador, admissão evidente de culpa. As fotos do que se seguia têm menos qualidade estética mas não é por isso que raramente são publicadas…
A fotografia acima é mesmo um instantâneo, quando um dos prisioneiros se virou de surpresa contra um dos seus antigos guardas, nesta cena que teve lugar noutro famoso campo de concentração acabado de libertar: o de Dachau. O militar norte-americano ao centro parece nem saber que atitude deve adoptar. Contudo, na maioria dos casos os libertadores acabavam por deixar os reclusos vingarem-se: abaixo, o cadáver de uma guarda do campo de Ohrdruf

1 comentário:

  1. A tragédia das guerras é que não há anjos nem demónios (sei que é um lugar comum aquilo que digo).
    Lá que os guardas dos Campos de Concentração fossem vítimas da vingnça imediata daqueles que maltrataram e torturaram (e podiam ter assassinado) até fica bem.

    O mais triste foram as mulheres alemãs vítimas do estupro das forças ocupantes.

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