Aqueles que tiverem lido um livro como The Guns of August (Prémio Pulitzer de 1962) da autoria de Barbara W. Tuchman ou então conhecerem os detalhes do processo que acabaram por conduzir ao desencadear da Primeira Guerra Mundial em Agosto de 1914 poderão perceber as minhas preocupações com aquilo que se estará a passar ao nível das Finanças na Europa, que se arriscam a culminar num outro Verão que poderá ser tão quente (embora provável e felizmente menos sangrento...) quanto o foi o de há 97 anos atrás…
Os livros de História dizem-nos que a causa inicial para o desencadear da Guerra foi o assassinato em Sarajevo do Arquiduque Francisco Fernando (acima). Por acaso e como hoje, também então era um problema das periferias da Europa envolvendo a Bósnia e a Sérvia. O que é frequentemente esquecido é que esse incidente teve lugar a 28 de Junho de 1914 mas que a Guerra só eclodiu mais de um mês depois disso, no início de Agosto. Só depois da Guerra, é que os analistas propuseram razões por que o conflito não pudera ser evitado…
Na opinião de A.J.P. Taylor (acima), entre outros, fora a rigidez dos calendários de mobilização adoptados pelos exércitos das potências que acabara por retirar a flexibilidade e o tempo necessário para que os aparelhos diplomáticos pudessem trabalhar soluções para a crise. Ora é precisamente esse mesmo género de rigidez idêntica à de 1914 – neste caso não está a ser provocado pelos militares mas sim pelos financeiros – que poderá, como então, precipitar um desfecho da actual crise que será indesejável para todas as partes intervenientes…
É verdade que nem tudo é semelhante e comparável numa situação e noutra: é uma felicidade que desta vez não se registem os oito milhões de mortos que a Grande Guerra provocou. Mas, do ponto de vista estratégico, com este acumular de tensões, a Europa parece estar a caminhar a passos acelerados para uma possível convulsão interna que a poderá vir a transformar tanto ou mais do que aquilo que mudou no nosso continente entre 1914 e 1918… Onde serão tantos os Tratados porreiros, pá, porreiros que serão jogados para o lixo da História...
Os livros de História dizem-nos que a causa inicial para o desencadear da Guerra foi o assassinato em Sarajevo do Arquiduque Francisco Fernando (acima). Por acaso e como hoje, também então era um problema das periferias da Europa envolvendo a Bósnia e a Sérvia. O que é frequentemente esquecido é que esse incidente teve lugar a 28 de Junho de 1914 mas que a Guerra só eclodiu mais de um mês depois disso, no início de Agosto. Só depois da Guerra, é que os analistas propuseram razões por que o conflito não pudera ser evitado…
Na opinião de A.J.P. Taylor (acima), entre outros, fora a rigidez dos calendários de mobilização adoptados pelos exércitos das potências que acabara por retirar a flexibilidade e o tempo necessário para que os aparelhos diplomáticos pudessem trabalhar soluções para a crise. Ora é precisamente esse mesmo género de rigidez idêntica à de 1914 – neste caso não está a ser provocado pelos militares mas sim pelos financeiros – que poderá, como então, precipitar um desfecho da actual crise que será indesejável para todas as partes intervenientes…
É verdade que nem tudo é semelhante e comparável numa situação e noutra: é uma felicidade que desta vez não se registem os oito milhões de mortos que a Grande Guerra provocou. Mas, do ponto de vista estratégico, com este acumular de tensões, a Europa parece estar a caminhar a passos acelerados para uma possível convulsão interna que a poderá vir a transformar tanto ou mais do que aquilo que mudou no nosso continente entre 1914 e 1918… Onde serão tantos os Tratados porreiros, pá, porreiros que serão jogados para o lixo da História...
mas Teixeira, parece que desta vez o Reino Unido não vai em defesa da Grécia...
ResponderEliminarMas sempre pode respeitar os mais de 600 anos da Santa Aliança.
Financeiramente, os capitais britânicos valem sensivelmente o mesmo que valiam militarmente os exércitos britânicos em 1914: quase nada.
ResponderEliminar