O POLÍTICO QUE NÃO CONSEGUIU AGARRAR A BOLA
Robert Stanfield (1914-2003) é um nome desconhecido fora do Canadá. Mesmo aí, será de perguntar quantos passageiros do Aeroporto Internacional de Halifax (que recebeu o seu nome) saberão quem ele terá sido. Durante nove anos (1967-1976), Robert Stanfield foi o líder do Partido Conservador Progressista e, por inerência, o dirigente da oposição canadiana. Eram uns anos difíceis para se ser oposição, com a arena política dominada pela exuberância e popularidade do Primeiro-Ministro liberal Pierre Elliot Trudeau (1919-2000) – a Trudeaumania, já aqui por mim abordada num outro poste. Robert Stanfield perdeu três eleições consecutivas para Pierre Trudeau: em 1968, 1972 e 1974.
Foi durante a campanha para essas últimas eleições de 1974 que entre os assistentes de Stanfield se lembraram de trabalhar a sua imagem rígida (quando em comparação com a de Trudeau) convidando um fotógrafo (Doug Ball) para lhe tirar umas fotografias espontâneas, com o candidato atirando, recebendo (acima) ou… falhando a recepção de uma bola de futebol americano. Claro que, das 36 fotografias, foi esta última (abaixo) a aparecer na primeira página dos jornais liberais do dia seguinte… e a tornar-se uma das causas da derrota nas eleições que aí vinham. Porém, apesar da sua imagem baça, as opiniões são unânimes em descrever Robert Stanfield como um político recto…
Por exemplo, Stanfield nunca abdicou da defesa da política oficial do bilinguismo para o Canadá (a paridade entre o inglês e o francês), embora essa opinião não parecesse ser a mais popular entre o eleitorado do seu partido, esmagadoramente anglófono. Robert Stanfield faz-me lembrar Fernando Nogueira: também passou ao lado de um lugar na História, terá a mesma falta de disposição para manobras políticas popularuchas (alguém se lembra da forma desconfortável como lidou com o tabu da candidatura presidencial de Cavaco Silva em 1995?) e, de forma metafórica, não conseguiu agarrar a bola do cavaquismo... Que disparate será este de o quererem a regressar ao governo 16 anos depois da sua saída?...
Robert Stanfield (1914-2003) é um nome desconhecido fora do Canadá. Mesmo aí, será de perguntar quantos passageiros do Aeroporto Internacional de Halifax (que recebeu o seu nome) saberão quem ele terá sido. Durante nove anos (1967-1976), Robert Stanfield foi o líder do Partido Conservador Progressista e, por inerência, o dirigente da oposição canadiana. Eram uns anos difíceis para se ser oposição, com a arena política dominada pela exuberância e popularidade do Primeiro-Ministro liberal Pierre Elliot Trudeau (1919-2000) – a Trudeaumania, já aqui por mim abordada num outro poste. Robert Stanfield perdeu três eleições consecutivas para Pierre Trudeau: em 1968, 1972 e 1974.
Foi durante a campanha para essas últimas eleições de 1974 que entre os assistentes de Stanfield se lembraram de trabalhar a sua imagem rígida (quando em comparação com a de Trudeau) convidando um fotógrafo (Doug Ball) para lhe tirar umas fotografias espontâneas, com o candidato atirando, recebendo (acima) ou… falhando a recepção de uma bola de futebol americano. Claro que, das 36 fotografias, foi esta última (abaixo) a aparecer na primeira página dos jornais liberais do dia seguinte… e a tornar-se uma das causas da derrota nas eleições que aí vinham. Porém, apesar da sua imagem baça, as opiniões são unânimes em descrever Robert Stanfield como um político recto…
Por exemplo, Stanfield nunca abdicou da defesa da política oficial do bilinguismo para o Canadá (a paridade entre o inglês e o francês), embora essa opinião não parecesse ser a mais popular entre o eleitorado do seu partido, esmagadoramente anglófono. Robert Stanfield faz-me lembrar Fernando Nogueira: também passou ao lado de um lugar na História, terá a mesma falta de disposição para manobras políticas popularuchas (alguém se lembra da forma desconfortável como lidou com o tabu da candidatura presidencial de Cavaco Silva em 1995?) e, de forma metafórica, não conseguiu agarrar a bola do cavaquismo... Que disparate será este de o quererem a regressar ao governo 16 anos depois da sua saída?... 
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