07 maio 2011

O SILÊNCIO ABSOLUTO

A maioria das fotografias espaciais, porque se destinam à promoção e à propaganda, são sempre cuidadosamente editadas antes de difundidas. Nesta de cima (clicar em cima para ampliar) o fotógrafo deixou entrar a luz do Sol o que, sem propriamente a estragar, a tornou mais amadora mas também mais simpática (ainda que inconscientemente) para aqueles que a vêem e a quem já poderá ter acontecido o mesmo… na Terra.

O tema da fotografia é uma visão da Terra a cerca de 350 km de altitude, a partir da Estação Espacial Internacional (ISS). Vêem-se duas naves acopladas à Estação, ambas russas: mais próxima uma Soyuz TMA para as tripulações e mais distante uma Progress para carga que é pilotada automaticamente, usada para o transporte de reabastecimentos (para os ocupantes da Estação) e de lixo (de volta à Terra).

Em baixo, as nuvens dispostas numa altitude que nos parece idêntica fazem lembrar pedaços de espuma na superfície da água de uma pequena inundação imaginária… não se notassem os traços alaranjados de um incêndio florestal que aparece ao centro na borda inferior da fotografia. Para compensar a ausência de ar e o silêncio absoluto que rodeia o ambiente, as cores parecem mais acentuadas, a começar pela negrura do espaço…

1 comentário:

  1. aparentemente a negrura é viscosa, a viscosidade do tempo e do espaço

    http://www.radio-canada.ca/nouvelles/science/2011/05/05/004-astrophysique-einstein-gravityprobeb.shtml

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