26 maio 2011

O PRINCIPE DA ARISTOCRACIA DA MÚSICA AFRO-AMERICANA

Cornell Woolrich (1903-1968), assim como os seus outros dois pseudónimos, William Irish e George Hopley, são hoje nomes esquecidos daquele estilo de ficção policial norte-americana que ficou conhecido por pulp fiction. A maneira de o tornar familiar ao leitor será mencionar que foi uma das suas novelas (It had to be murder – 1942) a servir de matriz ao argumento do filme Janela Indiscreta de Alfred Hitchcock (acima).

Foi numa das suas novelas (Passos… aproximam-se – 1960) que tive oportunidade de ler uma imaginativa aristocracia dos intérpretes da música afro-americana que incluía um conde (Count Basie), um duque (Duke Ellington), um rei (Nat King Cole – acima) e um imperador que, como Napoleão, dispensava o título pois o seu nome era sinónimo dele (Louis Armstrong – abaixo). Ficava a faltar um príncipe em tal aristocracia…

O príncipe de Woolrich naquela novela era obviamente de ficção e ele dera-lhe o nome de Matt Prince Malloy. Quando a li pela primeira vez ainda essa categoria da aristocracia musical afro-americana permanecia vaga e a ficção possível. Mal adivinhava que 25 anos depois da sua publicação apareceria um verdadeiro príncipe, de seu nome Prince Rogers Nelson (abaixo), para colmatar o vazio que ficara até então por preencher…

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