05 maio 2011

O PREFÁCIO EM FALTA

O Prémio Samuel Johnson (destinado aos livros de não ficção publicados no Reino Unido) é uma instituição moderna (desde 1999) mas já se tornou numa chancela de qualidade pelas obras que premiou. Fiquei com muito boa impressão através da leitura dos vencedores do prémio em 1999, 2001, 2002 e 2004¹. O aparecimento da versão traduzida do vencedor da edição de 2010 editado pelo Círculo de Leitores (acima) neste mês de Abril que acabou de terminar constituiu uma agradabilíssima surpresa.

O livro acompanha as vidas de seis norte-coreanos ao longo de quinze anos - um período caótico que assistiu à morte de Kim Il-sung, à ascensão ao poder do seu filho Kim Jong-il e à devastação causada pela fome que matou um quinto da população, é da autoria da correspondente na Coreia do jornal Los Angeles Times e confirma a reputação dos prémios anteriores. Só tenho a apontar uma enorme lacuna à edição portuguesa: a falta do indispensável prefácio de Bernardino Soares

¹ Além de outros finalistas vencidos como, para dar apenas um exemplo recente, Lords of Finance de Liaquat Ahamed, o vencedor do Prémio Pulitzer de História de 2010.

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