Transcrição de um comentário de um blogue da autoria de um anónimo, que adivinho pessoa experiente na actividade de comentador frequente de blogues:
A Zazie é uma verdadeira intelectual. É impossível ficar-lhe indiferente. Ela leu Kant, Francis Bacon, David Hume, Richard Rorty e Ludwig Wittegenstein, Stuart Mill, Karl Ppopper, Kuhn, Weber, Durkheim, Georg Simmel, Karl Marx, Talcott Parsons, H.. Garfinkel, Norbert Elias, Jurgen Habermas , Horkheimer, Adorno, Ortega Y Gasset, Unamuno, Edgar Morin, Hannah Arendt, Karl Schmitt, Maquiavel, Rousseau. Digam-me lá: Quantos se poderão gabar do mesmo?
Para melhor situar o leitor, Zazie é um pseudónimo de uma outra comentadora anónima, muito batida num certo estilo de bate-boca frequente nas caixas de comentários de blogues com muita afluência. Percebe-se que o texto seja completamente irónico (mencionam-se ali nomes que eu não suspeito quem sejam...), embora creia que há nele uma parte de ironia intencional – a que enumera os 25 autores hipoteticamente já lidos pela Zazie – e outra nem tanto: é que quando em Portugal se chega ao pedantismo cultural requintado, não se lêem (nem se discutem) livros nem ideias neles contidas, lêem-se os autores, como se toda a obra da vida de um autor se pudesse comprar e absorver assim como uma espécie de pack DVD…
Será talvez isso que retira substância a muitas conversas, quando se substitui o confronto das ideias (próprias ou alheias) pela enumeração desnecessária (e muitas vezes ilícita) de autores de nomeada como argumento último. Lembro-me de um gag de televisão discreto, mas muito eficaz, troçando disso, nos princípios da década de 90 e dos outros tempos de Hermann José. Era Vítor de Sousa que aparecia vestido de intelectual, lacinho e cachimbo ao canto da boca, e solicitava:
- Posso dizer Fernando Pessoa?... – Podia…
- Fernando Pessoa… Pronto, já disse…
A Zazie é uma verdadeira intelectual. É impossível ficar-lhe indiferente. Ela leu Kant, Francis Bacon, David Hume, Richard Rorty e Ludwig Wittegenstein, Stuart Mill, Karl Ppopper, Kuhn, Weber, Durkheim, Georg Simmel, Karl Marx, Talcott Parsons, H.. Garfinkel, Norbert Elias, Jurgen Habermas , Horkheimer, Adorno, Ortega Y Gasset, Unamuno, Edgar Morin, Hannah Arendt, Karl Schmitt, Maquiavel, Rousseau. Digam-me lá: Quantos se poderão gabar do mesmo?
Para melhor situar o leitor, Zazie é um pseudónimo de uma outra comentadora anónima, muito batida num certo estilo de bate-boca frequente nas caixas de comentários de blogues com muita afluência. Percebe-se que o texto seja completamente irónico (mencionam-se ali nomes que eu não suspeito quem sejam...), embora creia que há nele uma parte de ironia intencional – a que enumera os 25 autores hipoteticamente já lidos pela Zazie – e outra nem tanto: é que quando em Portugal se chega ao pedantismo cultural requintado, não se lêem (nem se discutem) livros nem ideias neles contidas, lêem-se os autores, como se toda a obra da vida de um autor se pudesse comprar e absorver assim como uma espécie de pack DVD…
Será talvez isso que retira substância a muitas conversas, quando se substitui o confronto das ideias (próprias ou alheias) pela enumeração desnecessária (e muitas vezes ilícita) de autores de nomeada como argumento último. Lembro-me de um gag de televisão discreto, mas muito eficaz, troçando disso, nos princípios da década de 90 e dos outros tempos de Hermann José. Era Vítor de Sousa que aparecia vestido de intelectual, lacinho e cachimbo ao canto da boca, e solicitava:
- Posso dizer Fernando Pessoa?... – Podia…
- Fernando Pessoa… Pronto, já disse…
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