Se outros serviços à boa disposição nacional não houvessem já feito, os Gato Fedorento, já cumpriram uma boa parte dos seus apenas com aquele vídeo onde Ricardo Araújo Pereira imita Marcelo Rebelo de Sousa a expor os seus argumentos sobre o aborto. Ver o seu diálogo com Zé Diogo Quintela sobre a (falta de) lógica da atitude que Marcelo quis defender a respeito do referendo (que remata com o famoso pssst!...) a ser parafraseado aqui pela blogosfera é um evidente sintoma do seu sucesso…
Pior do que ter sido imitado, creio que Marcelo se deve ter sentido humilhado ao ser apresentado como um entertainer popular, com jeito para passar mensagens de fácil compreensão* para o grande público, e que acabou exposto por um seu homólogo na mesma actividade (Ricardo Araújo Pereira) que, ainda por cima, não tem pretensões a passar por intelectual, nem a ser tratado em televisão de forma deferente, por professor… Comparando com os livros que ele tanto gosta de apresentar no início do seu programa, Marcelo tornou-se um putativo candidato a Prémio Nobel da Literatura que subitamente acabou concorrente de Paulo Coelho e de Margarida Rebelo Pinto…
Pessoalmente, sempre considerei os Gato Fedorento excepcionais no humor escrito, mas medianos - tirando alguns pormenores de grande categoria - naquelas primeiros séries que protagonizaram na SIC Radical. Em geral, parecem não ter jeito para representar - mesmo Ricardo Araújo Pereira compõe bonecos, que é coisa diferente. A sua transferência para a RTP, eliminando as limitações de meios que possuíam ao início, adicionando a expectativa da aprendizagem entretanto adquirida, tem sido um desapontamento. O que mais tenho gostado tem sido a série dos Tesourinhos Deprimentes, onde a piada reside nos seus comentários em off (outra vez o humor escrito...) ao ridículo de programas de TV de outrora.
Só que os Gato caíram em graça, e isso, como diz o ditado, vale mais do que ser engraçado. Do programa do último Domingo houve quem não tivesse gostado do sketch sobre Marques Mendes. Eduardo Cintra Torres também neles desanca na sua crónica de televisão do Público. Mas são minorias, porque a audiência parece continuar-lhes fiel. Só que uma pista para avaliar qual o perfil dessa audiência incondicional constata-se quando, na imitação que Ricardo Araújo Pereira faz de Paulo Portas, se percebe que a piada que produziu as gargalhadas mais exuberantes foi a da comparação do bronzeado de Paulo Portas com Mantorras…
* Mas nem sempre rigorosas…
Pior do que ter sido imitado, creio que Marcelo se deve ter sentido humilhado ao ser apresentado como um entertainer popular, com jeito para passar mensagens de fácil compreensão* para o grande público, e que acabou exposto por um seu homólogo na mesma actividade (Ricardo Araújo Pereira) que, ainda por cima, não tem pretensões a passar por intelectual, nem a ser tratado em televisão de forma deferente, por professor… Comparando com os livros que ele tanto gosta de apresentar no início do seu programa, Marcelo tornou-se um putativo candidato a Prémio Nobel da Literatura que subitamente acabou concorrente de Paulo Coelho e de Margarida Rebelo Pinto…
Pessoalmente, sempre considerei os Gato Fedorento excepcionais no humor escrito, mas medianos - tirando alguns pormenores de grande categoria - naquelas primeiros séries que protagonizaram na SIC Radical. Em geral, parecem não ter jeito para representar - mesmo Ricardo Araújo Pereira compõe bonecos, que é coisa diferente. A sua transferência para a RTP, eliminando as limitações de meios que possuíam ao início, adicionando a expectativa da aprendizagem entretanto adquirida, tem sido um desapontamento. O que mais tenho gostado tem sido a série dos Tesourinhos Deprimentes, onde a piada reside nos seus comentários em off (outra vez o humor escrito...) ao ridículo de programas de TV de outrora.
Só que os Gato caíram em graça, e isso, como diz o ditado, vale mais do que ser engraçado. Do programa do último Domingo houve quem não tivesse gostado do sketch sobre Marques Mendes. Eduardo Cintra Torres também neles desanca na sua crónica de televisão do Público. Mas são minorias, porque a audiência parece continuar-lhes fiel. Só que uma pista para avaliar qual o perfil dessa audiência incondicional constata-se quando, na imitação que Ricardo Araújo Pereira faz de Paulo Portas, se percebe que a piada que produziu as gargalhadas mais exuberantes foi a da comparação do bronzeado de Paulo Portas com Mantorras…
* Mas nem sempre rigorosas…
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