Não sei porque carga d'água a bastonária resolveu invocar o nome de Mário Soares ao dar o exemplo de grandes advogados que fundaram a democracia. Fundador da democracia ele foi indiscutivelmente, mas como secretário-geral do PS. Agora classificá-lo como um grande advogado?! Francisco Salgado Zenha é um nome que, inquestionavelmente, preencherá aqueles dois atributos, só que é um nome que não vale a pena evocar nos dias que correm, porque infelizmente perdeu a ressonância. Entre os nomes conhecidos, poder-se-ia acolher, eventualmente, o nome de Jorge Sampaio. Agora, fazê-lo em relação a Mário Soares, dando-o como grande advogado, actividade onde ele foi uma figura despretensiosamente menor, é perfeitamente estapafúrdio. É de advogado: entre o rigor, a verdade e o exagero grandiloquente, adivinhem para onde vai a preferência?
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