Bem se poderia adoptar a etiqueta de «Moscatel Quente» para o género de jornalismo que os profissionais adoptam quando acompanham Marcelo Rebelo de Sousa. Como tudo aquilo que ele diz - e se ele diz!... - tem sempre ressonância e, às vezes, até faz sentido, o colectivo de jornalistas nas proximidades adopta-o por verdadeiro e definitivo. Veja-se o episódio de ontem do "moscatel quente" que, nas linhas do detalhe, «dev(ia) ter interagido com a digestão do Fortimel» (atente-se ao condicional). Entretanto, ainda antes de lá chegar, o artigo já dava a causa da quebra de tensão por adquirida (foi por beber o "moscatel quente"), apesar de se tratar de uma especulação do próprio, e de nada qualificar o presidente para diagnósticos médicos, para além da sua muito propagandeada condição de hipocondríaco militante, daqueles que lêem metodicamente as bulas de todos os medicamentos. Mas reconheça-se que a expressão Moscatel Quente tem uma ressonância do caraças... Tanta como incompetência pura.
Adenda: Também vem no mesmo espírito do jornalismo Moscatel Quente uma discussão aprofundada e um artigo devidamente desenvolvido sobre A história do famoso iogurte que Marcelo bebeu antes de desmaiar...
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