A diferença que vai de um supermercado russo da saudosa era soviética (acima à esquerda) e um da actualidade é o aspecto das prateleiras. Elas agora já não se apresentam vazias, consequências de um outro sistema de distribuição, que se vê que é consideravelmente mais eficaz, apesar de tudo o que no PCP ainda se possa dizer em jeito saudosista sobre aqueles tempos. Mas um supermercado russo da era pós-soviética e apresentando-se já de prateleiras cheias (acima à direita) ainda nos pode reservar aqueles detalhes desenrascados mas muito mal engenhados do engenho socialista de outrora, como esta tampa de esgoto que assoma inopinadamente de um corredor... O primeiro problema - o das prateleiras vazias - era de índole político-económica enquanto este outro - o dos acabamentos às três pancadas - será de índole sócio-cultural. Se se pode atribuir a responsabilidade do primeiro a Lenine e Estaline, suspeita-se que o segundo prevalecerá por aquelas paragens desde Pedro o Grande e Ivã o Terrível, senão antes. Em que outro sítio, senão na Rússia, alguém se lembra de instalar um reclame luminoso na sua varanda para saudar o novo ano, e dá a obra como acabada no formato que se pode apreciar na fotografia abaixo?...
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