Hoje, dia de eleições presidenciais em França, onde as sondagens mostram que existe a hipótese séria do presidente em exercício não ser reconduzido, torna-se dia oportuno para desapaixonadamente relembrar a composição do elenco que se apresentou às nossas eleições presidenciais no ano passado (acima). Olhado à distância, se ali houver uma alternativa séria à recondução de Cavaco Silva, vou ali e já volto…
A prática parece ter demonstrado quanto este género de eleições intercalares (1991, 2001, 2011) se tornaram numa pantomina em que o ocupante de Belém não chega a ser verdadeiramente desafiado. Aliás, já Cavaco Silva fizera precisamente o mesmo em 2001, quando se dispensara de enfrentar de novo um presidente com uma conduta tão pouco arrebatadora quanto Jorge Sampaio – a merecer o justo cognome de o Apelante.
Portugal terá muitas prioridades nos tempos que correm mas, se a disposição é para rever a Constituição, que tal conferir um pouco mais de dignidade a todas as eleições presidenciais, não deixando o titular do cargo recandidatar-se? Mesmo que, para contrabalançar essa alteração, ela se faça à custa de um ligeiro prolongamento da duração do mandato presidencial – de 5 para 7 anos, como, de resto, já aconteceu.
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