13 abril 2012

PARA A GUINÉ, VA-GA-RO-SA-MEN-TE E COM SUA-VI-DA-DE

Eu já aqui escrevi sobre uma intervenção militar portuguesa na Guiné-Bissau. Mas eram dois textos de ficção. Pelo contrário, o senhor ministro dos negócios estrangeiros, Paulo Portas, quando se referiu no parlamento à eventualidade de uma resposta adequada para a defesa dos cidadãos nacionais, era para ser, certamente, levado a sério. Tanto mais a sério quando, depois disso, mandou a malta dos recados esclarecer e robustecer as suas declarações. O que quer dizer que, mais uma vez e apesar de todos os resmungos, os militares vão improvisar qualquer coisinha para a eventual necessidade do envio de um destacamento militar para a Guiné-Bissau: o princípio das peúgas rotas, mas com os botões areados!
A acumulação de episódios precisamente deste mesmo género já deveria ter ensinado a instituição, mas sobretudo os seus chefes, como se deve forjar uma relação com um poder político que deixou de ter razões para os temer – e que não os respeita. Já que os políticos parecem estar nesta disposição de mostrar um poder e uma disponibilidade de meios que nada fizeram para acautelar, não há nada mais oportuno do que tirar-lhes o tapete. O vocacionado ministro da defesa bem poderá transmitir ao seu homólogo dos negócios estrangeiros que só há meios para deslocar a nossa arma secreta mais moderna: o ministro das finanças que vai explicar va-ga-ro-sa-men-te aos gangues de Bissau porque eles não devem fazer golpes de estado...

Adenda (20:20): Pelos vistos, algo ou alguém arrefeceu as arremetidas em voz grossa de Paulo Portas, lembrando-o que política externa portuguesa actual tem que se aplicar va-ga-ro-sa-men-te…

1 comentário:

  1. O Portas,A.Branco,em suma,todo o Governo têm achincalhado e tratado, abaixo de cão,as FA,e agora querem fazer umas "flores" com essas mesmas FA.Não há tempo!
    O Portas ainda fala na Missang,mas oficialmente,foi extinta,disse o MNE de Angola,há dias atrás.Mas,outro mas,os militares angolanos continuam em Bissau,instalados junto ao Palace Hotel,ali para os lados do Poilão de Brá.Se amanhã,a CPLP,quiser acabar com a barafunda,dê um mandato a essa força,e eles dominarão os golpistas.Contrariamente ao que dizem algumas notícias,que falam de armamento pesado,esse não existe,foi todo gasto,e não reposto,durante a guerra de 98.Para as revoltas,naquele País,tem chegado as AK e os RPG.Os
    golpistas,narco-traficantes,terão ficado em pânico quando se aperceberam do armamento pesado dos
    militares angolanos,e optaram por uma fuga em frente.Neste momemto não sabem o que fazer.O PM não foi
    assassinado,porque poderá ser o salvo conduto para o Indjai e Kumba.
    Os militares angolanos,penso eu,vão
    repor a ordem...o Manecas,lá em
    Luanda,deve ter estudado a lição

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