19 de Outubro de 1939. Uma notícia interior do jornal dava conta dos rumores (...consta...) sobre as intenções do presidente americano (...Roosevelt tencionaria...) de solicitar uma dotação orçamental extra ao Congresso para a expansão dos efectivos militares... até aos 280.000 homens. Mas, quem percebesse alguma coisa sobre o assunto, apercebia-se do embuste. Tratava-se de uma medida política mais simbólica que consequente, destinada a tranquilizar a população doméstica, ignorante, já que os protagonistas da Guerra Mundial então em curso a avaliariam pelo seu verdadeiro valor facial - que era ridículo. O exército alemão, por exemplo, contaria nessa época com dez vezes mais efectivos, os franceses apenas com um pouco menos e mesmo o Krasnaya Armiya (Exército Vermelho), apesar de não ser beligerante, contaria com sete vezes mais efectivos do que este US Army que se anunciava ir ser reforçado. Aliás, o futuro iria mostrar que, quando as realidades se impõem, estas aldrabices de propaganda (agora denominadas por spins) transformam-se naquilo que são: aldrabices e muitas vezes caricatas. É que, neste caso, depois dos Estados Unidos entrarem na Segunda Guerra Mundial em Dezembro de 1941, os efectivos militares cresceram adequados a um exército que tinha mesmo que combater os inimigos: e no final do conflito, em 1945, o US Army tinha 8.268.000 soldados(!).
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