26 outubro 2019

O ASSASSINATO DO PRESIDENTE SUL COREANO

26 de Outubro de 1979. O presidente da Coreia do Sul, o general Park Chung-hee é assassinado. A Coreia do Sul era, então, uma ditadura militar e o assassino foi um dos próximos do presidente, o director dos serviços de informações, o também general Kim Jae-gyu. É um daqueles acontecimentos que é incompreensível, a não ser que o despojemos daqueles elevados pressupostos que se costumam atribuir aos titulares dos altos cargos públicos. A cena do assassinato, que acima vemos recriada num filme sul coreano de 2005, tem tudo para parecer um mero ajuste de contas entre mafiosos na sequência de um jantar que correu muito mal - nem falta na cena as acompanhantes de luxo, poupadas a presenciar o momento da execução. Michael Corleone tratou Solozzo da mesma maneira. No caso coreano, a ocasião foi mais sangrenta porque houve que tratar também dos guarda-costas do presidente: seis mortos no total. Quarenta anos depois, o melhor que se pode dizer quanto às causas que terão motivado o assassino (políticas? pessoais?), é que o acto foi demasiado descuidado para ter sido premeditado mas também demasiado elaborado para ter resultado apenas de um impulso.

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